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domingo, 29 de maio de 2011

Antioxidantes


O estresse oxidativo ocorre quando a produção de radicais livres supera a capacidade de ação dos sistemas antioxidantes. A geração de radicais livres é um processo fisiológico contínuo, pois eles são muito importantes para o metabolismo agindo como mediadores para a transferência de elétrons durante as reações químicas. Sua produção permite a geração de ATP (energia), por meio da cadeia transportadora de elétrons; fertilização do óvulo; ativação de genes; e participação de mecanismos de defesa durante o processo de infecção. O problema ocorre quando os radicais livres são produzidos em excesso. Isso pode gerar a oxidação de células e macromóleculas, fazendo com que essas percam suas funções. Essa perda de função é uma das explicações para o processo de envelhecimento.

Sistemas Antioxidantes
Os sistemas antioxidantes tem como função inibir ou reduzir os danos causados pela ação dos radicais livres ou espécies não reativas radicais. Os antioxidantes limitam a quantidade de substâncias oxidantes nas células e controlam a ocorrência de danos causados por elas.  Os sitemas tem diferentes mecânismos de ação:
-Sistemas de prevenção- impedem a formação dos radicais livres
-Sistemas varredores- impedem a ação dos radicais livres
-Sistemas de reparo- favorecem o reparo e a reconstituição das estruturas lesadas
São dividos em enzimático e não enzimático:

Enzimático
Age por meio dos mecanismos de prevenção, impedindo ou regulando a produção de radicais livres ou de espécies não-radicais. Inclui as enzimas Superóxido Dismutase (SOD), Catalase (CAT) e Glutationa Peroxidase (GPx).
CAT e GPx agem de forma conjunta impedindo o acúmulo de peróxido  de hidrogênio nas células. É de grande importância essa ação integrada porque através das reações de Fenton e Haber-Weiss, com a participação dos metais ferro e cobre, há geração do radical OH , contra o qual não há sistema enzimático de defesa.
Esse radical é o mais reativo e instável, ou seja, é o maior potencial causador de danos oxidativos e seu ataque ao DNA pode causar mutações.
A ação das enzimas muitas vezes depede de co-fatores que são adquiridos pela dieta, como manganês, cobre e zinco.

Não Enzimático
Vitaminas, minerais e compostos fenólicos são os principais constituintes desse grupo, portanto, percebe-se que esse grupo de antioxidantes é formado principalmente por substâncias de origem dietética.
São exemplos de antioxidantes não enzimáticos: ácido ascórbico (vitamina C), o α-tocoferol e β-caroteno, precursores das vitaminas E e A, carotenóides sem atividade de vitamina A, como licopeno, luteína e zeaxan-tina,  zinco, cobre, selênio e magnésio.


       O potencial oxidante das substâncias antioxidantes não enzimáticas depende de fatores como: absorção e biodisponibilidade em condições fisiológicas; concentração plasmática ideal para desempenhar sua atividade antioxidante; tipos de radicais livres gerados no processo oxidativo; em qual compartimento celular foram gerados e como foram gerados.
        É importante ressaltar que a ação dos antioxidantes pode mudar de acordo com interações desses com substâncias do meio. Um exemplo disso é a vitamina que é um potencial oxidante, mas na  presença de metais de transição como o ferro tem ação oxidante, tornando-se capaz de produzir espécies radicais (OH) e não-radicais (H2O2).
          A vitamina C, em presença de ferro, aumenta a expressão dos danos oxidativos. É sugerido o envolvimento da vitamina C na regulação do metabolismo de ferro, aumentando sua absorção e tornando-o mais apto a desempenhar sua ação catalítica sobre as reações de Fenton, resultando na conversão do H2O2 em radicais OH, potencialmente mais reativos.
          Com todas essas informações, percebe que os antioxidantes são muito importantes como agentes contra o estresse oxidativo e, portanto, contra o processo que leva à velhice.          O problema é que com o passar do tempo, a eficiência desses sistemas diminui, o que permite maior danificação das células e tecidos, trazendo os sinais característicos do envelhecimento.

Bibliografia
http://www.scielo.br/img/revistas/rn/v23n4/a13tab01.jpg
Escrito por Tainá Barreto

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